09/04/2010

Paulo Netho

Natural de Osasco-SP, Paulo Netho quando criança, primeiro quis ser jogador de futebol, mas aos 10 anos de idade, depois de assistir a uma apresentação do mímico Ricardo Bandeira − mudou de ideia. Isso aconteceu num sábado frio e chuvoso em meados dos anos 1970. O jeito como o mímico interagia com a plateia o encantou sobremaneira, que desde aquele dia começou a tecer namoro com os livros, com a leitura e com as artes de um modo geral. A exemplo do mímico, o menino queria ser “um encantador de pessoas”. Desse encontro feliz Paulo Netho achou o seu lugar na vida. Se fez sujeito letral. Abriu portas, construiu pontes e voou. É autor dos livros O Pinto Pelado no Reino dos Trava-línguas − Poesia Futebol Clube e Outros Poemas − A Mulher Torta − Casa de Arrepiar − No Quarto da Estelinha e (no prelo) Bolinho de Chuva e Outras Miudezas. Juntamente com o músico Salatiel Silva montou o Grupo Balaio de Dois e desde 1997 apresenta-se em escolas, livrarias, Sescs, bibliotecas, bienais e eventos que visam a difusão do livro e da leitura. No rádio apresentou (Rádio Nova Difusora de Osasco) o programa infantil “Petelecoteco”, o qual dividia a produção e apresentação com o companheiro de Balaio de Dois. Brinca que seu nome é Paulo Netho porque o seu avô se chamava Paulo Vô. Já o seu pai... chama-se Geraaaldo. Sua mãe, a Maria das Neves, conta - toda orgulhosa - que o filho nasceu no dia 7 de setembro de 1964, mas foi registrado no dia 8. O Geraldão o queria bancário, mas quando o adolescente lhe disse que viveria de poesia, o velho ficou uma arara. Paulo Netho vendeu camisetas com poesias em locais de shows; cachorro-quente na porta de um banco; foi garçom em Campos do Jordão e Londrina; escreveu para jornais; participou de oficina de poesia com o poeta Paulo Leminski; cursou Letras aos trancos e barrancos e quando pensou que tinha concluído o curso descobriu 3 créditos a cumprir. Não cumpriu, mas jurou (sem nenhuma convicção) que um dia cumpre. Na década de 1980 um amigão, o Dráusio convidou-o a recitar num show dele. Aí não parou mais. Só mais uma coisa: tome cuidado com esse cara: ele sofre de alegria inata. Doença terrível!
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