De doer.
O chão da alma dói. Não sabe explicar. Não sabe. Chove torrencialmente por dentro, onde os seus cachorros não param de uivar. Noite sem fim. Nem tudo o que parecia era e nem tudo o que era, eras.
Confuso.
Só se entende na confusão. Não sabe explicar. Não sabe. Do lado de dentro é com ele. Do lado de fora é com o mundo. O mundo ou o ignora ou tá de sacanagem. O mundo não para. Do lado de dentro caminha para as origens. Do lado de fora para as vertigens.
Um minuto de atenção.
A chuva amainou. Deu vez aos impertinentes soluços. Prantos entrecortados. Espasmo involuntário solidificado. Uma mãe aflita sem o seu bebê. O arfar do mar. Uma erupção vulcânica. Patativas, labaredas. Nenhuma lamparina.
Nada.
Não sabe explicar. Não sabe.
...
Nenhum comentário:
Postar um comentário